Desafio ao Galo
por Mauro Beting em 19.set.2012 às 13:04h Taticamente, não é o Atlético Mineiro que tem um esquema “manjado” e “conhecido”. São quase todos os times brasileiros que têm atuado no 4-2-3-1. A queda de produção é natural num campeonato tão equilibrado. Anormal foi ter conquistado tudo que ganhou no turno. Nem sempre vencendo e convencendo. Como também fazem Fluminense e Grêmio, que seguem na cola e na ponta.Mais que uma queda de produção tática, tecnicamente alguns jogadores têm rendido menos. O time, nas últimas seis rodadas, tem um dos piores aproveitamentos de passes do BR-12. O que explica – em parte – os problemas da equipe. A marcação que, mesmo nos melhores momentos do turno, nem sempre teve índices compatíveis com a excelente campanha, também não tem sido tão eficiente. Talvez, aí sim por um certo desleixo da turma de frente. Não dos volantes. Algo que pode ser tão conversado quanto treinado por Cuca.
O desgaste psicológico da liderança também pesa. O fato de o clube não conquistar um título nacional desde 1971 colabora. A pressão sobre Cuca, excessiva e injustamente cobrado por não conquistar títulos com equipes que montou, também não ajuda.
Algo pode ser feito. Com os mesmos jogadores. Com o mesmo esquema. A oscilação é natural. Não pode o treinador mudar todo o time. Ou parte dele. A sorte atleticana é que o elenco tem boas opções técnicas. Há como mudar alguns nomes sem mexer na ideia e na filosofia de jogo.
Nas últimas seis rodadas, o Galo tem um dos cinco piores ataques. Um dos cinco que menos finalizam, segundo o Footstats. Mas ainda tem uma das quatro defesas menos vazadas. O que pode garantir o desempenho – por ora – decepcionante. Mas com grande potencial de recuperação.