Com a força da massa
Com o Independência lotado mais uma vez, o Atlético enfrenta o Coritiba e tenta emplacar
a quinta vitória consecutiva em casa. Time tem mudanças no meio e ataque, e Réver é dúvida
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:
09/08/2012 07:00
Se as atuações de destaque na temporada
ajudaram o Atlético a recuperar o prestígio e a confiança dos
torcedores, o grupo reconhece que a responsabilidade e a pressão por
grandes exibições serão maiores. Diante do Coritiba, hoje, às 21h, no
Independência, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, a massa deve
invadir o estádio esperando outra bela apresentação, a exemplo dos
outros seis jogos em Belo Horizonte, em que o time alvinegro conseguiu
cinco vitórias e um empate. Outro fator que contagia os fãs é a presença
do trio ofensivo Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Guilherme, três dos
atletas mais habilidosos e valorizados do grupo, que fazem o público
sonhar com mais um espetáculo.
Dez dias sem jogar foram
suficientes para que os jogadores do Atlético descansassem da carga de
partidas e se dedicassem mais aos treinamentos e recuperação física, mas
ninguém ficou satisfeito com o adiamento do compromisso contra o
Flamengo, que seria realizado sábado, no Engenhão, mas foi transferido
para 26 de setembro, em Volta Redonda. Agora, o Galo tenta pôr em
prática tudo que foi ensaiado durante a semana: segurança na retaguarda e
futebol de velocidade.
Guilherme reconhece que as cobranças da
diretoria e dos torcedores serão maiores, já que o Atlético tem o melhor
aproveitamento na competição (82,05%) e se firmou como candidato ao
título. “A nossa responsabilidade cresce a cada rodada, mas temos de
mostrar o que fizemos até agora. O time está sendo mudado, mas a base e o
rendimento vêm sendo mantidos”, ressalta o atacante, que, mesmo fora
dos oito primeiros jogos do Brasileiro, balançou as redes duas vezes.
Pela
primeira vez na competição ele jogará na posição em que os torcedores
imaginam vê-lo brilhar: como autêntico camisa 10, com espaço para criar
jogadas e servir Jô na frente. Nessa função, ele causou boa impressão na
decisão do Campeonato Mineiro contra o América, mas sofreu contusão na
panturrilha esquerda e ficou dois meses inativo. O desafio daqui para a
frente é reconquistar o espaço entre os titulares: “Preciso de pelo
menos cinco jogos inteiros para recuperar o ritmo de jogo. Aproveitei
esse tempo para treinar e estar nas condições do restante do grupo. Todo
jogador sonha ser titular, mas não gostaria de substituir um colega que
está machucado, como é o caso do Danilinho. Infelizmente, isso
ocorreu”.
MUDANÇAS Além de Danilinho, o volante
Pierre levou o terceiro cartão amarelo e não joga. Desde a semana
passada, antes mesmo da vitória sobre o Villa Nova por 2 a 1, em
jogo-treino na Cidade do Galo, Cuca definiu Serginho como o substituto.
Já o zagueiro Réver voltou a sentir dor lombar e pode dar lugar a Rafael
Marques. O capitão está relacionado para a partida, mas será reavaliado
pelo departamento médico. Sua participação só será definida momentos
antes do confronto.
Um dos mais antigos do grupo, Serginho
reencontra o técnico Marcelo Oliveira, do Coxa, que lhe deu a primeira
oportunidade. Em 2007, o volante, que integrava os profissionais do
Villa Nova, foi indicado pelo treinador para a base do Galo, precisando
de sete meses para subir para o time principal. “Sou muito grato ao
Marcelo por tudo o que ele fez por mim. Há algum tempo eu não o vejo,
mas sou muito grato. Estaremos em lados opostos, cada um lutando por seu
objetivo, mas a amizade continua”, diz o camisa 77.