Atlético 1 x 0 Cruzeiro. Venceu o melhor com todos os méritos

De olho no Mundial, Galo com time misto carimba o Cruzeiro , e o tira teima mostra quem é o melhor de Minas!





CLÁSSICO NO HORTO

Golaço de Fernandinho garante vitória ao Galo e impõe novo revés para o Cruzeiro

Belo lance do atacante, aos 41min do segundo tempo, definiu triunfo alvinegro

Vicente Ribeiro - Superesportes

Tags: atleticomg  cruzeiroec 

Publicação:

13/10/2013 17:59
 

Atualização:

13/10/2013 19:20

Fernandinho briga pela bola com Willian e Ricardo Goulart: camisa 11 foi destaque e decidiu jogo

O Atlético levou a melhor no aguardado clássico entre os maiores rivais de Minas. E foi por merecimento, diante do maior volume de jogo ofensivo do time alvinegro. Com um golaço de Fernandinho, aos 41min da etapa final, o Galo derrotou o Cruzeiro por 1 a 0, neste domingo, no Estádio Independência, impondo o segundo revés seguido da equipe celeste no Campeonato Brasileiro.

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O resultado fez justiça à maior produção ofensiva e organização tática do Atlético. O time alvinegro foi muito superior na etapa inicial e no segundo tempo, embora o Cruzeiro tenha equilibrado as ações nos primeiros minutos, voltou a dominar o jogo e foi premiado com um belíssimo gol de Fernandinho, em lance individual.

O Atlético se recuperou da derrota para a Ponte Preta, na rodada anterior, fora de casa, foi aos 42 pontos e reassumiu a quinta posição. Já o Cruzeiro, mesmo com o segundo revés seguido – algo ainda inédito sob o comando do técnico Marcelo Oliveira -, depois de perder de forma surpreendente para o São Paulo (2 a 0), no Mineirão, continuou com folga na liderança. O time celeste permaneceu com 59 pontos, dez a mais que o vice-líder Grêmio, que só empatou com o Fluminense na véspera.

Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira. O Cruzeiro buscará a reação diante do Fluminense, às 19h30, no Mineirão. Já o Atlético, animado com a vitória sobre o arquirrival, sairá para enfrentar o Atlético-PR, em jogo marcado para as 21h50, em Curitiba.

O clássico

Com as duas equipes jogando pela recuperação, a expectativa era de um clássico ofensivo. Mas o primeiro tempo foi de um só time. O Atlético tomou as iniciativas, adiantou a marcação e dificultou a saída de bola do Cruzeiro, que ficou com os volantes presos e sem auxiliar os homens de frente na coordenação das jogadas.

Do lado atleticano, Diego Tardelli era quem mais se movimentava, enquanto Fernandinho, sempre pela esquerda, era a grande opção ofensiva, dando muito trabalho aos marcadores. O camisa 11 sempre levava vantagem sobre os marcadores, especialmente no duelo direto contra Ceará. Na melhor oportunidade, ele recebeu na área e chutou forte. A bola explodiu no peito do goleiro Fábio.

O Cruzeiro decepcionou pela apatia no ataque. Os volantes ficaram muito atrás, cuidando especificamente da marcação, enquanto os homens mais adiantados eram presas fáceis para os zagueiros alvinegros. Nem parecia o time que dominou os dois turnos e que abriu larga vantagem na liderança. Tanto que o goleiro atleticano Giovanni foi um mero espectador na primeira etapa.

O Atlético, por outro lado, tinha ímpeto e volume, mas não houve a conclusão dos lances de ataque. Em várias jogadas pela esquerda, com Fernandinho, a bola passou pela área celeste, sem ninguém para completar. Alecsandro saiu muito da área para fazer o trabalho de pivô, enquanto Tardelli partia desde o meio-campo. Mas o resultado mais justo seria um triunfo do Galo na primeira parte do clássico.

Ao lado de Willian, Everton Ribeiro prepara o chute: Cruzeiro não correspondeu no clássico

Golaço decisivo

Na etapa final, o Cruzeiro voltou com o meio-campo alterado com Henrique na vaga de Lucas Silva. E a estratégia do técnico Marcelo Oliveira funcionou, pelo menos nos dez minutos iniciais. O time celeste voltou ligado e teve a melhor chance com Ricardo Goulart. Ele limpou bem o lance, entrou na área e concluiu para defesa salvadora de Giovanni. Em seguida, o Galo deu o troco com cabeçada de Luan, por sobre a meta.

O jogo melhorou no segundo tempo, com as duas equipes mais voluntariosas na marcação. O Cruzeiro melhorou na marcação, mas o Atlético retomou as rédeas e passou a atacar mais. Em boa trama ofensiva, Luan recebeu livre e errou o cruzamento. Em seguida, Alecsandro chutou de fora da área e obrigou Fábio a trabalhar. A equipe celeste voltou a assustar com Everton Ribeiro, que entrou sozinho e Giovanni se jogou para tirar a bola.

Cuca mexeu duas vezes no Galo, trocando Alecsandro e Josué por Neto Berola e Leandro Donizete, respectivamente. Do outro lado, Marcelo apostou em ‘sangue’ novo no ataque, com Dagoberto substituindo Willian. Aos 35, Fernandinho invadiu a área e cruzou para o meio. Luan chegou com tudo e Fábio fez uma defesa incrível, no reflexo, evitando o que seria o primeiro gol. Em seguida, o camisa 1 voltou a trabalhar de novo, em falta cobrada por Diego Tardelli.

Mas para quem esperava o empate em zero no placar, o Atlético, por merecimento, diante do maior ímpeto ofensivo, tratou de balançar as redes. E foi em um belíssimo gol de Fernandinho, destaque do clássico. Ele limpou o lance em cima de Bruno Rodrigo e emendou um chute que Fábio nada pôde fazer: 1 a 0, golaço no Independência. O Cruzeiro foi para o desespero, alçou bolas na área, sem no entanto evitar o triunfo do rival. Festa da torcida alvinegra no Horto.

ATLÉTICO 1 X 0 CRUZEIRO

Atlético
Giovanni, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Emerson e Junior César; Pierre, Josué (Leandro Donizete), Diego Tardelli e Luan (Carlos Cesar); Fernandinho e Alecsandro (Neto Berola)
Técnico: Cuca

Cruzeiro
Fábio; Ceará, Leo, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton e Lucas Silva (Henrique); Ricardo Goulart, Everton Ribeiro, Willian (Dagoberto) e Borges (Alisson)
Técnico: Marcelo Oliveira

Motivo: 28ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência, em Belo Horizonte (MG)
Data: 13/10/2013, domingo
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (asp. Fifa/SP)
Assistentes: Janette Arcanjo e Pablo Costa
Gol: Fernandinho, 41min do 2ºT
Público: 15.368 pagantes
Renda: R$ 574.655
Cartões amarelos: Lucas Silva, Ceará (CRU); Pierre, Leonardo Silva (ATL)